Agronegócio

Argentina declarou emergência de saúde devido à encefalomielite equina em todo o país

O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) declara estado de emergência sanitária em todo o território argentino através da sua Resolução 1219/2023 publicada no Diário Oficial.

O Senasa, por meio de sua Resolução no Diário Oficial, busca conter, prevenir e controlar a doença.

As medidas sanitárias são medidas imediatas, extraordinárias, excepcionais e de contenção em caso de surtos de Encefalomielite Equina (EE). Ratifica também a restrição de circulação e medidas para concentrações de cavalos e suas exceções, realizadas por meio do Provimento DNSA 363/2023 publicado em 27 de novembro no Diário Oficial.

O regulamento autoriza a Direção Nacional de Saúde Animal do Senasa a estabelecer exceções, bem como outras medidas de emergência complementares, com base numa avaliação de risco que o suporte. E promover regulamentações complementares que prevejam medidas de controle, prevenção e vigilância, adotando ações sanitárias extraordinárias que ajudem a conter, prevenir e controlar a doença, e manter o estado de saúde do país em relação a ela.

Também lhe confere competência para ditar as medidas pertinentes, de acordo com a regulamentação em vigor e os respetivos manuais de funcionamento, tendo em conta os critérios e orientações internacionais sobre a matéria.

Você sabe o que é a encefalomielite?

 De acordo com o site VET Profissional,  em equinos é uma doença de etiologia viral cujos reservatórios são aves, roedores e répteis. É uma zoonose, portanto, sua notificação é obrigatória, e sua transmissão se dá por picada de mosquitos.

De acordo com Maria Gazzinelli, Médica Veterinária e Professora do VET Profissional, que é Mestre e Doutora em Zootecnia, “a encefalomielite é uma doença que prevalece no hemisfério ocidental e pode ser dividida em três tipos: encefalomielite do leste (EEL), encefalomielite do oeste (EEO) e, a mais grave, encefalomielite venezuelana (EEV)”.
Seus respectivos vetores são:

EEL: Culiseta melanura (aves aquáticas) e Aedes;

EEO: Culex tarsalis, Demacentor andersoni e Triatoma sanguisuga;

EEV: Culex melanoconium e Aedes.


Alguns sinais devem ser observados e requerem atenção. Os sinais clínicos são:

– Agudos: inespecíficos – febre, anorexia e rigidez muscular;

– Estágio transitório: podem durar até 5 dias;

– No caso da EEO, muitos casos não progridem, se apresentando de forma mais branda;

– Sinais neurológicos: cessa a viremia, improvável amplificação da doença;

– Primeiros estágios: déficit proprioceptivos;

– Sinais tardios: disfunção cerebral cortical e nervos cranianos (pressionar a cabeça contra objetos, marcha propulsiva, cegueira, marcha em círculos, fasciculações musculares);

– Morte precedida por decúbito: 1 a 7 dias;

– EEV: sinais clínicos podem ser semelhantes ou diferentes (diarreia, depressão grave, decúbito e morte podem ser proeminentes antes da manifestação neurológica).

Por se tratar de uma Zoonose a doença pode ser transmitida em humanos, pelo mosquito contaminado. Segundo o instituto Pasteur , “A doença se instala de forma súbita, com febre, dor de cabeça, conjuntivite, vômitos e letargia, progredindo rapidamente para delírio e coma. Os sinais nervosos consistem em rigidez de nuca, convulsões e reflexos alterados.”

com informações Senasa, VET Profissional